quarta-feira, 8 de julho de 2009

INFORMAÇÃO SEM FRONTEIRAS


É realmente impressionante a quantidade de informações diárias difundidas na web, elas muitas vezes são desproporcionais ao numero de pessoas que a acessam. A internet confere ao usuário poderes múltiplos de ações e participações nos textos difundidos, o usuário não é mais apenas um ouvinte ou leitor, mas também um produtor e emissor de informação, impulsionado pela rapidez do fluxo de informações da internet. Mas quais são os prós e contras deste turbilhão de informações?
Dada a sua natureza digital a internet tem vindo a ser vista, praticamente como uma espécie de “biblioteca universal”, um “local” onde podemos encontrar tudo o que queremos desde a informação mais generalista à informação mais especializada. A internet pode ser utilizada, assim, de forma perfeita, como fonte de informações e ponto de partida dos temas a tratar de forma mais aprofundada e/ou alternativa. Neste âmbito, projetos como a Wikipédia tem vindo a assumir uma relevância crescente tanto no que se refere à quantidade e qualidade dos conteúdos disponibilizados, como a quantidade dos seus visitantes e utilizadores.
O fato é que os usuários, em geral, passam a ter um comportamento questionador quanto as informações que recebem, principalmente aquelas ligadas à correntes de e-mails e denuncias. É uma nova relação com a informação que se estabelece, diferentemente da credibilidade quase “cega” dada aos meios de comunicação tradicionais, como; o rádio e a televisão.
Com a característica de lugar “aberto” a internet, também é marcada pela disseminação de vírus disfarçados em supostas informações, o vírus é uma face nefasta da cibercultura. Aqui na hardplus por exemplo recebemos alguns telefonemas de clientes que por questão de precaução, resolveram verificar conosco se realmente realizamos pesquisa pós venda através de e-mail, ou se não se tratava de um harcker distribuindo vírus em nosso nome, deixamos bem claro para estes clientes que este é sim um trabalho realizado pela hardplus.
A credibilidade é um fator-chave na certificação das informações, para avaliá-la estão surgindo processos novos como os sistemas de reputação, que misturam tecnologia com sociologia, psicologia e antropologia. Simplificando, trata-se de um sistema que se apóia em conceitos e estabelece gradações de reputação. O mecanismo Google (http:// www.google.com.br) classifica os resultados de uma busca na internet conforme a quantidade de vezes que uma pagina é citada por outras através do mecanismo chamado hiperlink.
Parte-se do principio, já bem antigo, de que quando uma pessoa ou texto é muito citado, ele deve ser muito confiável e consistente. Evidentemente sempre existe a chance de haver “picaretagem” ou erro no sistema, mas esta possibilidade tende a ser reduzida no espaço cibernético onde a teia de citações envolve bilhões de documentos.
Segundo o site www.observatoriodaimprensa.com.br, os pesquisadores dos sistemas de reputação, como os professores Hassan Masum e Yi-Cheng Zhang, autores do Manifesto for the Reputation Society (manifesto pela sociedade de reputação) (http://www.firstmonday.org/isues/issue9_7/masum/index.html), usaram cálculos de probabilidade e estatísticas para afirmar que quanto maior for o numero de documentos na web, menor a chance de sermos enganados por informações falsas.
O que se sabe é que esta questão de confiabilidade nas informações disseminadas na internet, ainda será por muito tempo discutida.

Matéria: Tatiane Pena

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